NINGUÉM
QUER POR A BOCA NO TROMBONE!
Falar de sexo ainda é
difícil, o ato e até mesmo a palavra ainda são sinônimos de vergonha e
preconceito.
Maximiliane Veiga
Sexo não envolve só doenças e gravidez.
“Quebrar tabus”. Ouvíamos muito dizer isto, em
campanhas, em manifestações, na mídia, em todo que é canto. Mas como assim
quebrar tabus? A sexualidade vem sendo, ao longo dos anos, assunto debatido em
vários âmbitos, porém ainda com algumas restrições. Na escola, se fala muito em
advertência a AIDS e ao uso da camisinha, mas a sexualidade não se resume a
isso. Ela vai muito além. É preciso explorar e trazer isso para o jovem da
maneira mais clara possível.
Sexo não tem lado bom? Mas e o sabor de chocolate?
É fácil falar em
quebra de tabus, mas as dúvidas que preenchem a cabeça dos jovens não são só em
relação às conseqüências de uma noite de sexo, muito pelo contrário, as dúvidas
são na maioria da vezes, sobre a “parte boa da coisa”. Fala-se muito em
contraceptivos, remédios, cuidados a se manter na hora da relação, mas o prazer
e os sentimentos envolvidos nessa relação são temas muito privados para ser
discutido em sala de aula, ou até mesmo em casa. Isso não é quebra de tabu. É
preciso falar da parte boa, do tesão, da realização sexual.. do “sabor de
chocolate” que o ato proporciona ao ser humano.
Se pego várias sou “O cara”, se vou pra cama fácil não me
dou valor?
Falar de sexo é muito
complexo, pois o assunto ainda é constrangedor para grande parte da população.
Crescemos acreditando que o homem é viril, impulsivo, incontrolável, e isso faz
parte de seu sistema biológico. É necessário que ele faça sexo para passar a
vida adulta, é normal. Já a mulher precisa esconder essa vontade, o desejo,
para não serem vistas como liberais, ou fáceis. Somos moldados por essas
ideias.
Chegou à hora! O que eu faço? Isso é normal?
No entanto, tais imposições se tornam dúvidas
e ansiedade para as mulheres e também para os homens principalmente sobre seu
corpo. Nos meninos, a grande preocupação encontra-se no pênis, símbolo da
virilidade, o que causa um drama quanto ao tamanho do órgão sexual. Para as
mulheres, geram-se as dúvidas sobre o orgasmo, os aspectos morais de seu
comportamento, a forma de agradar ao parceiro, entre tantas outras.
Falar é um ato de amor!
Quando se fala em
quebra de tabu em relação à sexualidade, ainda há muito que se pensar.. e
falar! As dúvidas precisam ser esclarecidas, não só sobre doenças, mas aos
desejos e vontades dos jovens, para que não cresçam nessa falta de informação.
Isso também é um ato de amor, é melhor que saibam por pessoas próximas, que as
amam, do que por vídeos grotescos da internet, que, aliás, é o que não falta.
Falar não faz mal a ninguém, falar do lado bom do sexo é também uma forma de
proteção. O sexo pode ter seus efeitos se não praticado da maneira correta,
fora isso, é um dos maiores prazeres que o corpo humano pode provar. Quando
essa ideia chegar à mente de todos, quando o homem entender que o sexo não é um
bicho de sete cabeças, ao contrário, é uma forma de transmitir carinho, saciar
desejos, e se doar poderemos dizer que os tabus foram finalmente quebrados.
Picadinhas marotas...
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- Durante as preliminares, o seio da mulher pode aumentar de tamanho em até 25%;
- O Homem produz mais de 200 milhões de espermatozoides durante uma relação Sexual;
- Na Grécia Antiga pênis pequenos eram elogiados e admirados pelas mulheres, enquanto os grandes eram considerados fora de estética;
- 120 Milhões de relações sexuais acontecem todos os dias no mundo;
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Texto de Maximiliane Veiga |
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