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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

COLUNA: Ousadia e alegria - Maximiliane Veiga





NINGUÉM QUER POR A BOCA NO TROMBONE!

Falar de sexo ainda é difícil, o ato e até mesmo a palavra ainda são sinônimos de vergonha e preconceito.

Maximiliane Veiga 

 
Sexo não envolve só doenças e gravidez.
 “Quebrar tabus”. Ouvíamos muito dizer isto, em campanhas, em manifestações, na mídia, em todo que é canto. Mas como assim quebrar tabus? A sexualidade vem sendo, ao longo dos anos, assunto debatido em vários âmbitos, porém ainda com algumas restrições. Na escola, se fala muito em advertência a AIDS e ao uso da camisinha, mas a sexualidade não se resume a isso. Ela vai muito além. É preciso explorar e trazer isso para o jovem da maneira mais clara possível.

Sexo não tem lado bom? Mas e o sabor de chocolate?
É fácil falar em quebra de tabus, mas as dúvidas que preenchem a cabeça dos jovens não são só em relação às conseqüências de uma noite de sexo, muito pelo contrário, as dúvidas são na maioria da vezes, sobre a “parte boa da coisa”. Fala-se muito em contraceptivos, remédios, cuidados a se manter na hora da relação, mas o prazer e os sentimentos envolvidos nessa relação são temas muito privados para ser discutido em sala de aula, ou até mesmo em casa. Isso não é quebra de tabu. É preciso falar da parte boa, do tesão, da realização sexual.. do “sabor de chocolate” que o ato proporciona ao ser humano.

Se pego várias sou “O cara”, se vou pra cama fácil não me dou valor?
Falar de sexo é muito complexo, pois o assunto ainda é constrangedor para grande parte da população. Crescemos acreditando que o homem é viril, impulsivo, incontrolável, e isso faz parte de seu sistema biológico. É necessário que ele faça sexo para passar a vida adulta, é normal. Já a mulher precisa esconder essa vontade, o desejo, para não serem vistas como liberais, ou fáceis. Somos moldados por essas ideias.

Chegou à hora! O que eu faço? Isso é normal?
 No entanto, tais imposições se tornam dúvidas e ansiedade para as mulheres e também para os homens principalmente sobre seu corpo. Nos meninos, a grande preocupação encontra-se no pênis, símbolo da virilidade, o que causa um drama quanto ao tamanho do órgão sexual. Para as mulheres, geram-se as dúvidas sobre o orgasmo, os aspectos morais de seu comportamento, a forma de agradar ao parceiro, entre tantas outras.

Falar é um ato de amor!
Quando se fala em quebra de tabu em relação à sexualidade, ainda há muito que se pensar.. e falar! As dúvidas precisam ser esclarecidas, não só sobre doenças, mas aos desejos e vontades dos jovens, para que não cresçam nessa falta de informação. Isso também é um ato de amor, é melhor que saibam por pessoas próximas, que as amam, do que por vídeos grotescos da internet, que, aliás, é o que não falta. Falar não faz mal a ninguém, falar do lado bom do sexo é também uma forma de proteção. O sexo pode ter seus efeitos se não praticado da maneira correta, fora isso, é um dos maiores prazeres que o corpo humano pode provar. Quando essa ideia chegar à mente de todos, quando o homem entender que o sexo não é um bicho de sete cabeças, ao contrário, é uma forma de transmitir carinho, saciar desejos, e se doar poderemos dizer que os tabus foram finalmente quebrados.


Picadinhas marotas...
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  • Durante as preliminares, o seio da mulher pode aumentar de tamanho em até 25%;
  • O Homem produz mais de 200 milhões de espermatozoides durante uma relação Sexual;
  • Na Grécia Antiga pênis pequenos eram elogiados e admirados pelas mulheres, enquanto os grandes eram considerados fora de estética;
  • 120 Milhões de relações sexuais acontecem todos os dias no mundo;
As mulheres ficam 30% mais ativas sexualmente durante a lua cheia;



Texto de Maximiliane Veiga

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