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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

“Pessoas ‘normais’ não fariam isso”, diz delegado - Maicon Roselio



Segundo o laudo do IML, a morte de Rafaela foi causada por asfixia mecânica por compressão das vias aéreas


Rafaela Eduarda Trates de 5 anos morreu no dia nove de março e foi encontrada dia 10 de abril dentro de um poço abandonado. Suspeitava-se que o padrasto da menina Gilmar de Lima com a ajuda da mãe Vani de Fátima Trates ocasionaram a morte da criança. As suspeitas se concretizaram na tarde de ontem (23) com o fechamento do inquérito.

O Delegado de homicídios de Cascavel Pedro Fernandez de Oliveira revela que no dia da morte de Rafaela o padrasto ficou sozinho com a menina. “Vani disse que Gilmar nunca tinha dado banho em Rafaela, mas no dia da morte da menina ela estava de banho tomado”, enfatiza o delegado.

Pedro Fernandez ainda suspeita de que a menina sofreu abuso sexual pelo padrasto, mas essa informação não pode ser confirmada por causa do estado dos tecidos do corpo da menina. “O exame para saber sobre abuso sexual é muito sensível e o corpo de Rafaela ficou por 30 dias dentro do poço, não há como saber”, conta.


O motivo que levou Gilmar e Vani a cometerem o crime ainda é um mistério. “As suspeitas indicam que o casal tomou a decisão porque, segundo a mãe, a menina atrapalhava o relacionamento dos dois”, indaga.


Segundo o delegado a mãe justificou a morte da menina relacionando à gravidez dela. “A mãe disse que Gilmar tirou um filho dela, mas a recompensou com outro”, responde indignado.


Pelo fato da mãe não ter participado efetivamente da morte de Rafaela, segundo a Polícia Civil, a pena de Gilmar será maior. Há indícios de que Vani tenha problemas psicológicos. “Se o problema for constatado ela pode ter a pena reduzida”, finaliza o delegado.



Texto de Maicon Roselio

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