Toda história tem dois lados. Versões diferenciadas. Ou até mais. Mas, quem está certo? A história é e sempre será contada pelos vencedores, assim, a versão oficial sempre será não a dos injustiçados e sim dos opressores.
Considerando a recente divisão mundial bipolar e suas influências ideológicas sobre o restante do globo, é perceptível e lamentável o exorbitante número de injustiças justificáveis cometidas por ambos os lados. Por que o país que deveria ser para sempre o país do futuro, de repente aparece como a 7ª economia mundial? Retifico. Questionamento absurdo. O correto a questionar é: PORQUE DEMORAMOS TANTO TEMPO PARA SER A 7° ECONOMIA? A julgar a posição diplomática do mentor, que certamente é o mais favorecido de todo o sistema, parece paradoxal considerar que ele mesmo prejudicou um pupilo.
Isso mesmo. A dinastia americana prejudicou fortemente o desenvolvimento do capitalismo no Brasil e ainda colocou em cheque nossa e milhares de pseudo-soberanias. Somos irrelevantes? Para o sistema funcionar adequadamente, o ápice da pirâmide precisa de uma base bem alicerçada. O que houve é apenas o reflexo da síncope: a filha é ameaçada a ser destronada pela primeira vez, não pela mãe, por um urso estranho.
O cenário muda. O Anão maniqueísta troca as cordinhas. O homem de quatro dedos e a mulher vermelha não se sentem confortáveis em obedecer a Águia. Mas não sabem viver sem mentores. Na verdade o Anão é um gigante, mas nesse mundo moderno, enfrentar patologias subjetivas é considerado normal, uma espécie de anorexia nervosa faz com que apenas o gigante se vê Anão. Melhor para os outros que mantém o cabresto, assim como os elefantes presos a cordinhas no circo.
Os vestígios da síncope ainda são latentes em nossa sociedade. Conflitos ideológicos e religiosos ainda incomodam. O dono do muro, antes visto como injustiçado e massacrado pelo antissemitismo, de repente desperta como um insano devorador de crianças. Justificável, afinal, o seu deus sabe o futuro, e aquelas crianças nem teriam salvação mesmo... Tudo é válido para uma causa maior. Só não mexam no seu dinheiro!
O urso manco começa a se recuperar, e mostra à Águia que ninguém conhece seu território melhor do que ele mesmo. À velha senhora, verdadeira mãe do Anão e da Águia, resta lamentar-se e aceitar o veredito final do Urso. E o Anão de repente descobre por um passarinho verde, ou seria um Dragão? Que não é tão pequeno como acreditava ser, e que para se enfurecer, bastam até 20 centavos.
Será mesmo que em um mundo tão discrepante, a homogeneização sistemática é admissível? Realidades diferentes. Culturas diferentes. As soberanias e suas singularidades devem ser respeitadas. Hibridismos são bem vindos. Cabresto não. Mas o cenário está prestes a mudar. Se o herdeiro terrestre nunca será capaz de vencer a herdeira aquática, talvez o grande Anfíbio de conta do recado.
NO AR: OS OPERÁRIOS DA PALAVRA
terça-feira, 19 de agosto de 2014
O Urso, a Águia, o Dragão e o Anão Diplomático - Renan Bini
Somos lindos e aplicados estudantes de Jornalismo, que buscam a realização profissional. Temos em mente que ganharemos pouco e trabalharemos muito, mas o amor pela profissão sempre falará mais alto.
Não é bola - Renan Bini
Os avanços tecnológicos e a transformação dos indivíduos na sociedade pós-moderna, criou nos seus, a lúdica sensação de Impermeabilidade e Inexpugnabilidade. Conceito inicialmente aceitável, ao considerarmos a transfiguração do ser humano, isso, da primitiva faca do Homo Habilis ao mais avançado aplicativo de smartphone do Homo Sapiens Sapiens.
Edenismo utópico. Nunca fomos tão vulneráveis. Nossa Inexpugnabilidade é tão anêmica quanto a de uma Ameba. As necessidades básicas humanas ainda são as mesmas do período paleolítico. Retifico. Além destas, tornamo-nos uma sociedade mecânica, refém das próprias invenções. Algumas inclusive, possibilitando nossa própria extinção.
A passividade da nossa inexpugnabilidade comprovou-se nos últimos dias com o ressurgimento do vírus africano Ebola. Nem a maior economia mundial, nem o maior IDH, estão inertes à perenidade humana. Continuamos frágeis e mortais, tanto quanto a sociedade massacrada pela peste negra ou a gripe espanhola, e esse fato é assombroso.
Será que a nação brasileira esta preparada para uma possível pandemia do vírus que ceifa mais de 50% dos infectados e é tão alastrável quanto a Gripe? O país do futebol está acostumado a driblar para debaixo do tapete seus problemas educacionais, ideológicos, econômicos e sociais. Mas será que o tapete é inexpugnável a ponto de conter o Ebola?
O risco é real. É Ebola, não é bola, aliás, mesmo que fosse, nossa situação não seria uma das melhores.
Edenismo utópico. Nunca fomos tão vulneráveis. Nossa Inexpugnabilidade é tão anêmica quanto a de uma Ameba. As necessidades básicas humanas ainda são as mesmas do período paleolítico. Retifico. Além destas, tornamo-nos uma sociedade mecânica, refém das próprias invenções. Algumas inclusive, possibilitando nossa própria extinção.
A passividade da nossa inexpugnabilidade comprovou-se nos últimos dias com o ressurgimento do vírus africano Ebola. Nem a maior economia mundial, nem o maior IDH, estão inertes à perenidade humana. Continuamos frágeis e mortais, tanto quanto a sociedade massacrada pela peste negra ou a gripe espanhola, e esse fato é assombroso.
Será que a nação brasileira esta preparada para uma possível pandemia do vírus que ceifa mais de 50% dos infectados e é tão alastrável quanto a Gripe? O país do futebol está acostumado a driblar para debaixo do tapete seus problemas educacionais, ideológicos, econômicos e sociais. Mas será que o tapete é inexpugnável a ponto de conter o Ebola?
O risco é real. É Ebola, não é bola, aliás, mesmo que fosse, nossa situação não seria uma das melhores.
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segunda-feira, 7 de julho de 2014
Paga-se pouco, mas paga-se o pato - Maximiliane Veiga
Viajar
nem sempre é algo prazeroso, principalmente quando se trata de
ônibus metropolitanos. Desembolsar ou passar sufoco? Eis a questão
Projeto Outra Pauta - Jornal Gazeta do Paraná
“Se
o busão não tombar olê olê olá, eu chego lá”... Acredite se
quiser, mas eu já ouvi a “marcha do remador modificada”, sendo
cantada dentro do ônibus metropolitano enquanto viajava para minha
cidade que é Capitão Leônidas Marques. Em meio há um tanto de
gente esmagada entre malas, suor, cansaço e pintinhos – sim,
pintinhos de galinha piando a estrada inteira, uma graça! –
reinava a impaciência daqueles que pagam mais barato e por isso
recebem um tratamento da mesma qualidade: de ruim a péssimo. Digo
isto por que senti e sinto na pele o que é viajar de pinga-pinga.
Mas o vuco-vuco já começa bem antes do coletivo encostar na
plataforma e o MMA começar. E lá vou eu de novo...
— R$
7,60. Portão B, plataforma 5, - me comunica o simpático vendedor de
passagens do Expresso Santa Tereza.
Eu
poderia ter ido com o ônibus da empresa Reunidas que custa R$ 23,00,
ou pagar R$ 19,00 e ir de Cattani Sul, que também passam pela minha
cidade, porém os preços são salgados para quem como eu, viaja
sempre, e isso me faz preferir pagar mais barato – mas às vezes
quando você escolhe pagar menos, você também paga o pato -. E lá
vou eu pra mais uma luta, digo luta por que sei que o horário das
14h30 é um dos piores. São 14 horas e poucas pessoas estão por
ali. Já fico na fila, pois sei exatamente como as coisas acontecem.
Mas tenho fé e confiança, hoje não vai lotado.
Pegadinha
do Malandro, me enganei. São 14h15 e a porta de vidro que separa a
parte interna da rodoviária da plataforma de embarque já está
lotada. Pessoas se empurram, ninguém respeita fila. Há mais ou
menos uns 40 passageiros a espera. O ônibus encosta e o motorista
grita “Capitão”. A porta enche de gente com seus papeizinhos
quadrados na mão
– Não
me empurra pô!
A
grande porteira de vidro separa a boiada faminta do pasto e quando
ela é aberta é cada um por si e Deus por cada um também. Ninguém
se importa com ninguém. Todos querem garantir um dos 40 assentos
disponíveis e nada confortáveis que este pinga-pinga oferece, mas é
melhor do que ir em pé, né? Além
dos sentados, são apenas 39
“vagas” para viajar em pé nesta condução. É o que diz o
cartaz, mas infelizmente nem sempre é assim. Corri e garanti o meu,
a muito custo. Junto da lotação que vai para Capitão encosta a de
Boa Vista da Aparecida que custa R$ 8,00, aliás é o único ônibus
que faz essa linha, esses não têm outra opção mesmo. “Deveriam
colocar mais ônibus para Boa Vista, principalmente nos horários que
as pessoas vão trabalhar e voltam para casa, os ônibus vão
lotados”, reclama a auxiliar de departamento pessoal, Patricia
Vinski Lingoski. Segundo o artigo 44 do regulamento do Transporte
Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do
Paraná, “a lotação
admitida será a capacidade normal do veículo, mais 5 passageiros
por metro quadrado do espaço da área livre do veículo”. O
vendedor de passagens afirma que de Cascavel para Boa Vista são
disponíveis quatro horários pelo Expresso Santa Tereza: 06h30,
11h45, 14h30 e 18h30.
A
aglomeração de pessoas e a falta de segurança não são o único
problema, há quem reclame também dos maus tratos e desrespeito por
parte dos motoristas e cobradores. A Auxiliar Administrativo
Financeiro, Jéssica Alievi conta que no mês passado a sogra Iraci
dos Santos passou por um constrangimento dentro do Expresso Santa
Tereza. “Minha sogra de 51 anos foi humilhada e xingada pelo
cobrador no ônibus por que não tinha troco para R$ 20. Fomos atrás
do cara mas não conseguimos descobrir quem era”, enaltece Jéssica,
indignada. Dona Iraci dos Santos ia de Cerro Azul até Santa Lúcia.
Outra
reclamação é da qualidade dos ônibus e das condições em que
eles trafegam. “Além do ônibus bater muito, chove mais dentro do
que fora e o pior é que muitas vezes as pessoas carregam coisas com
cheiro ruim e a gente acaba passando mal na estrada”, conta Ana
Paula Perin. “Acho que eles poderiam arrumar os ônibus e manter um
controle do que entra na condução”, opina a advogada. “Pagamos
R$ 8,00 para Boa Vista, pela condição que viajamos está muito
caro”, argumenta Patrícia.
Outros
destinos
Outra
empresa que trabalha com ônibus metropolitanos é a Princesa dos
Campos, pioneira em transporte de passageiros e encomendas. A
estudante Amanda Vieira viaja de 15 em 15 dias com o metropolitano
Princesa dos Campos para Palotina, a 98,8 km de Cascavel, e conta que
nos finais de semana é ainda mais difícil utilizar a condução. “É
horrível, tem dias que até vai, mas nos finais de semana é
impossível. Enche demais, vai muita gente de pé”, relata a jovem.
Teve uma vez que eu fui e o motorista não queria sair por que não
conseguia enxergar o retrovisor, tinha gente até na escada”,
enfatiza a estudante que paga R$ 11,35 na passagem do metropolitano.
“Eu poderia ir de ônibus convencional, que é da mesma empresa,
mas além dos horários serem limitados, a passagem é R$ 14,56 mais
cara do que a do metropolitano.
Amanda
cita que os horários também são limitados, o que prejudica as
pessoas que trabalham até as 18 horas. “O último ônibus é
17h15, se eu quiser ir sentada preciso estar na rodoviária às 16h30
ou antes. Agora que eu vou começar a trabalhar isso virou um
problema, pois só sairei às 18 horas”, conta, preocupada. A
vendedora da agência de passagens informa que o ônibus convencional
da empresa Princesa dos Campos para Palotina disponibiliza apenas o
horário das 20h45 e o preço da passagem é de R$ 25,91.
PRF
não pode impedir que ônibus levem pessoas em pé
Há
pessoas emboladas ao lado do motorista. Aquilo que é normal ver em
lotações do transporte público urbano também acontece nos ônibus
metropolitanos que vão para as rodovias. O risco é grande, e a
irresponsabilidade também. A Polícia Rodoviária Federal, que tem
um posto situado no município de Lindoeste, a 43 km de Cascavel, tem
a obrigação de fiscalizar irregularidades nas rodovias, porém não
é responsável pela lotação do transporte metropolitano. “Quem
autoriza o limite máximo de passageiros em pé é o DER, então nós
trabalhamos em cima disso, quando o ônibus está acima desse limite
nós abordamos e fazemos a fiscalização, mas muitas vezes, o ônibus
está aparentemente lotado, porém ainda dentro do limite determinado
pelas leis do DER. Explica o chefe do núcleo de fiscalização da
PRF, Jair Luiz Finkler. “Nós ficamos de mãos atadas, por que não
podemos ir contra o que está na lei. A Polícia Rodoviária Federal
só faz a fiscalização do trânsito”, completa.
Nesses
ônibus não existe cinto ou qualquer outro objeto de segurança que
proteja os passageiros. O artigo 65 do Código de Trânsito do Brasil
– CONTRAN, cita que é obrigatório o uso de cinto de segurança em
todas as vias do território nacional, salvo em situações
regulamentadas pelo CONTRAN. Segundo o artigo 105, as exceções são
os veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em
que seja permitido viajar em pé”. Ou seja, segundo a lei as linhas
metropolitanas não precisam disponibilizar cintos de segurança para
seus passageiros. Ai é um tal de “Seguuuura motorista”, ou
“parece que tá carregando porco!”, essas são algumas frases que
nos fazem rir. Se não fosse dramático, seria cômico.
Conforme
dados do DER/PR, em 2011 – data do último levantamento divulgado –
a empresa Expresso Santa Tereza realizou 4.500 viagens pela linha
Cascavel x Capitão Leônidas Marques, ofereceu 180 mil lugares,
porém transportou mais de 226 mil pessoas, em um período de 12
meses. Sua receita foi de R$ 789.460,00. Para Boa Vista da Aparecida,
realizou 2.920 viagens, disponibilizou 116.800 lugares e transportou
139.568 passageiros. Fechou a receita em R$ 553.365,95.
Segundo
o Artigo 24 do regulamento, na composição tarifária (que é o que
será levado em conta para decidir o preço da passagem), são
considerados os custos operacionais, de manutenção, administração,
remuneração de capital, de depreciação, inclusive o equipamento
de reserva se for exigido, o coeficiente de utilização, bem como
outros componentes previstos em lei, decretos, normas.
Eu
continuo aqui, sentada com o sol na cara. São 14h15 e – piu – o
ônibus só sai 14h30 então o que me resta é – piu – esperar,
abrir bem as janelas e me espremer, assim como todos – piu –
estão fazendo. Coloco o fone de ouvido e ouço Ultraje a Rigor
“Quando eu tiver dinheiro, quando eu tiver dinheiro, eu prometo a
mim mesmo que eu só vou andar de táxi, o que é que eu tô fazendo
aqui”. E assim sigo viagem – piu –, aos trancos e barrancos,
apertos, cheiros, – piu –, pulos, barulhos, conversas e piados.
- Para ter acesso ao Regulamento do Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do Paraná, basta acessar o site do DER/PR pelo link: http://www.der.pr.gov.br/arquivos/File/regulamentotip.pdf.
- Para ir de Cascavel a Capitão Leônidas Marques de metroplitano, paga-se R$ 7,60, enquanto de ônibus convencional o valor chega a R$ 23. Três vezes mais
- Para Palotina, o metropolitano custa R$ 11,35 e o ônibus convencional R$25,91, mais que o dobro do valor
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quinta-feira, 3 de julho de 2014
Deseja adicionar ao seu carrinho de compras? Maximiliane Veiga
As
vendas online deram capacidade de alcançar mercado e conquistar
clientes, sem pagar muito por isso.
Projeto Outra Pauta - Jornal Gazeta do Paraná
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cadastro em nosso site foi realizado com sucesso, agora você já
pode adquirir todas as informações presentes nessa matéria. Seu
carrinho de compras está vazio, comece a adquirir informações
agora!
Consumir
é, sem dúvidas, um dos desejos mais insaciáveis dos seres humanos.
A busca pelo novo, o desejo de ter, por vezes move os sentimentos e
as atitudes das pessoas. Com isso, o comércio está cada dia mais
competitivo, e para inovar a opção do momento são as vendas
online. Nos últimos anos – desde o início da década de 90, mais
precisamente – comerciantes vem utilizando a rede mundial de
computadores como uma ferramenta aliada no processo de
comercialização. A facilidade que a internet proporciona para os
consumidores e os baixos custos para os comerciantes fazem com que
alguns empresários mudem o ramo de trabalho das vendas tradicionais,
em lojas físicas, para se dedicar apenas às vendas online. Segundo
dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm),
as vendas pela internet cresceram 29% em 2013.
Todo
internauta que se preze já ouviu falar ou viu sites como a Dafiti,
Netshoes, Walmart, B2W (Americanas, Submarino e Shoptime),
Comprafácil.com, Aliexpress, Amazon – e não tem como não ver,
eles ficam piscando o tempo todo nos sites que você entra, só para
chamar atenção –, enfim, das grandes lojas online presentes no
Brasil e no mundo, onde um clique é capaz de te fazer comprar
produtos do outro lado do planeta. Mas não são apenas as grandes
empresas que podem optar pelo ecommerce, em Cascavel já tem quem
esteja usando a internet a seu favor e colocando os produtos a
disposição dos cliques.
Evandro
Marasca está há 20 anos na cidade, e é o proprietário da empresa
online All Imported, responsável por vender suplementos alimentares
importados. Segundo ele, a opção por fazer negócios pela internet
veio por ser mais cômodo e mais visível aos compradores. “A
internet serve como uma grande vitrine disponível 24 horas para seus
produtos. Eles podem ser expostos através de fotos, ter a qualidade
reforçada com os comentários dos compradores e disponibilizar o
preço com as taxas e os fretes. Tudo isso a distância e com o
esforço de um só clique”, enfatiza Evandro.
A
farmacêutica Samantha Bautitz Nesello, sócia-proprietária da
empresa PaulSam Import, que está há 11 meses no mercado, reforça a
colocação de Evandro e comenta que atualmente as pessoas prezam
pela tranquilidade de receber os produtos em casa. “Trabalhamos com
todas as marcas de perfumes importados e cosméticos em geral.
Buscamos o ramo de vendas online por que ele tem se alavancado a cada
dia, as pessoas encontram nesse meio a facilidade de adquirir seus
produtos preferidos sem sair de casa, optando pela comodidade”,
completa Samantha. “Os clientes podem se comunicar a qualquer
momento com a empresa, pois através dos celulares as pessoas estão
sempre conectadas, recebendo a todo momento as novidades apresentadas
pela empresa, esclarecendo suas dúvidas e realizando suas compras
com uma simples conversa pela tela do celular”, explica.
Além
da facilidade que a internet oferece, os custos de uma loja física
são muito altos em comparação ao de uma plataforma na rede. “A
venda online diminui as despesas já que não precisa pagar aluguel,
funcionários e tudo que uma loja física necessita”, enfatiza o
empresário.
A
All Imported já existe há quatro anos e segundo Evandro, tem dado
bons frutos. “Tenho um bom retorno financeiro, pois com esse valor
consigo manter minhas despesas pessoais e uma reserva econômica para
ser investida na empresa. Temos vários clientes fiéis que compram
constantemente e os números vem crescendo, principalmente pela
indicação dos novos clientes”, conta orgulhoso. E como para a
internet não existem fronteiras, o empreendimento de Evandro busca
decolar e alcançar novos rumos. “Temos planos para expandir a
empresa, por enquanto só efetuamos vendas dentro de nosso estado, a
partir de fevereiro de 2015 atenderemos a nível nacional”.
Para
os clientes virtuais, amantes da facilidade da internet, as compras
se tornam mais prazerosas utilizando o mouse. “Adoro
comprar no meu tempo, com tranquilidade, e a internet me proporciona
isso. Nem sempre estou com vontade de pegar o carro e ir a uma loja,
assim a compra online me dá conforto e praticidade”, conta a
jornalista Jackline Thomann Moreira, que compra pela internet há
seis anos. Segundo ela, adquirir os produtos sem sair de casa tem
suas vantagens. “Não se estressar com movimento dentro de lojas; a
forma de pagamento é sempre facilitada; o prazo de entrega é rápido
e o produto chega na sua casa; é muito mais cômodo e prático”,
explica.
Desconfiança na hora
de encher o carrinho
As dificuldades de
visualização do produto ou a má-fé dos vendedores ainda assustam
A falta de informações
sobre os produtos, seus fornecedores, as formas de pagamento e as
condições das mercadorias sempre foram as sombras do comércio
eletrônico, pois muitos vendedores irresponsáveis usam da má-fé e
trazem grandes dores de cabeça aos compradores. A cada cem pessoas
que entram em uma loja virtual, apenas duas ou três finalizam a
compra. (Dados do site ecommerce Brasil, 2012).
O professor Vilson
Ismério comenta que não compra pela internet por não saber como
será o produto e com quem está lidando por trás da tela
computador. “Existem sites que não são confiáveis e às vezes o
produto não é aquilo que aparentava na foto. Muitas empresas ainda
pecam em relação aos tamanhos disponíveis e a qualidade do
produto. Você não o vê e não o sente e ai se decepciona com o que
recebe, prefiro comprar pessoalmente”, explica o professor.
Mas as leis para o
comércio pela internet foram atualizadas com sucesso, em maio de
2013. Segundo o site ecommerce Brasil, as novas regras colocam que a
partir de agora o comércio eletrônico deve ser mais claro e
transparente ao consumidor que quiser adquirir seus produtos e
serviços através da Web. O comerciante deve também respeitar o
direito de arrependimento do comprador e apresentar as condições
das ofertas e a regulamentação das compras coletivas. Cabe aos
fornecedores garantirem aos seus clientes o maior número de
informações possíveis relativas ao negócio, porém a fiscalização
deve ser feita pelo próprio consumidor, que deve denunciar as
empresas virtuais que desrespeitarem qualquer direito.
Somos lindos e aplicados estudantes de Jornalismo, que buscam a realização profissional. Temos em mente que ganharemos pouco e trabalharemos muito, mas o amor pela profissão sempre falará mais alto.
Divididos pela cor - Janaina Teixeira
Artigo de opinião
Morena, mulata, cor
de cuia, preta, marrom-bombom, chocolate. Esses são os vários nomes
que as pessoas dão em razão da cor da pele, mas não me parece
significar o que realmente sou ou ao menos, me sinto. A minha cor é
negra e tenho orgulho disso. Vivo em um país de diversificações e
diferenças, onde 97 milhões de pessoas se declaram negras e onde,
também, para muitas pessoas, ter mais melanina significa ser
inferior.
Por
que ao se inscrever a uma vaga de universidade é obrigatório
colocar a cor da pele?Porque uma mulher negra tem como principal
atividade ser doméstica? Com todo o respeito à profissão. Por que
um negro não pode chegar a um cargo importante no país? Você
conhece um general negro? Quantos juízes negros? Porque todo preto é
ladrão?Ao longo do tempo observamos que essas perguntas sempre
estiveram em discussão na sociedade, mas ninguém sabe responder ao
certo qual é o motivo real de tanto preconceito.
O preconceito racial
sempre esteve presente na sociedade. A atitude de mudar essa
realidade é que é recente. As cotas raciais nas universidades e
concursos públicos pode até ter o intuito de ajudar jovens
estudantes negros, mas para mim, é um exemplo de preconceito, pois
os negros podem alcançar seus objetivos sem a ajuda do governo, como
qualquer branco. Conheço muitas pessoas brancas, inclusive, que
mereceriam mais as cotas do que eu, por terem condições financeiras
mais complicadas ainda.
Uma coisa que me dói
e que passo todos os dias, principalmente quando vou para cidades
menores é o olhar das pessoas. Elas olham como se eu fosse algo
diferente e que não deveria estar ali e se falo que trabalho como
estagiaria e sou estudante de graduação do curso de jornalismo, ai
sim o olhar muda e perguntas do tipo como você conseguiu? É um
curso caro?.
Apesar de tudo isso,
o Brasil é a casa de muitos africanos, haitianos que se identificam
com a cultura brasileira. Na África, assim como em outros países,
estão presentes as novelas brasileiras, que refletem uma imagem
positiva do negro. No entanto, o que essas pessoas veem na mídia não
é a situação real. Ao chegarem, os africanos não recebem o apoio
sonhado e idealizado pelas telenovelas. Muitos nem sabem onde estão
exatamente e nem como conseguir um emprego. Além disso, sofrem o
preconceito de toda a sociedade, inclusive de muitos de nós negros,
que os olham e os tratam como algo perigoso. No entanto, os próprios
negros brasileiros ainda sofrem com o preconceito. Percebe-se que, a
descriminação está ligada muito mais à classe social que a pessoa
pertence, da mesma forma que os haitianos, que aqui chegam precisando
trabalhar para se sustentar.
O que nota-se,
porém, é que um imigrante branco, de qualquer outro país,
provavelmente não será encarado com o mesmo “olhar” que o
africano. Este carrega consigo todo o percurso histórico de seus
ancestrais escravizados, o que está marcado na cor de sua pele.
O certo é que
devemos aprender com as instituições sociais, como família, igreja
e escolas, que não há diferenças. Não importa a cor, a etnia, a
nacionalidade ou a religião. Vivemos todos no mesmo mundo e quando
morremos vamos para o mesmo lugar. Um negro é tão capaz quanto um
branco. Podemos encontrar pérolas negras distribuídas em todos os
contextos: na política, nas universidades como professores, nas
redes de televisão, na música, nas literaturas, nas empresas, entre
outros. Assim como Nelson Mandela deixa claro: “ninguém nasce
odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda
por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se
podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. Mais do que
isso: você pode aprender, a pelo menos, respeitar.
Cota para mim é um
desrespeito.
Somos lindos e aplicados estudantes de Jornalismo, que buscam a realização profissional. Temos em mente que ganharemos pouco e trabalharemos muito, mas o amor pela profissão sempre falará mais alto.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
“Maria, filha de seu filho” - Ricardo Oliveira
Esquecimento é o principal ponto. Do que eu estava falando mesmo?
Projeto Outra Pauta - Jornal Gazeta do Paraná
-Ai meu Deus, onde que eu estou?
-Estamos no Jornal vó, na Gazeta
-Ah, tá. Mas cadê o meu anel?
-Que anel vó?
-Aquele de ouro que eu tinha
-Ah está lá dentro guardado.
-Ah, ta bom então.
Essa aí em cima é a minha vó, Maria Aparecida Cardoso ou Vó Cida para os mais próximos, no auge das suas 83 primaveras bem vividas, a nossa octogenária apresenta os primeiros sintomas do Mal de Alzheimer. Em curtos períodos de tempo as perguntas se repetem várias vezes, as lembranças de acontecimentos passados são recorrentes – o anel de ouro ela tinha há pelo menos 40 anos e ainda é lembrado (ah, esse anel deu o que falar), assim como outros objetos que faziam parte de sua rotina- nomes são trocados, familiares são esquecidos e logo depois relembrados. – Ricardo, cadê o meu anel?
Em todo o mundo a doença atinge aproximadamente 35,6 milhões de pessoas e no Brasil 1,2 milhão. Quem não possui muitas informações sobre a doença acredita que os idosos que começam a apresentar os primeiros sintomas estão “caducando”, “-são sintomas da idade” e o mais pejorativo “ah ele está meio esclerosado”. – Onde que eu estou, Ricardo?
Há uns 10 anos vi uma propaganda sobre o filme que passaria no sábado, “Maria, filha do seu filho”, demorei a entender a sacada do autor, mas após muito “matutar” entendi a lógica, e hoje trouxe para essa matéria, mostrando um pouco dessas Marias, Pedros, Nilvas e tantos outros idosos que acabam virando filhos de seus filhos e quem sabe de seus netos, porque pai ou mãe é quem cuida.
A estudante de Direito, Flávia Sampaio, 34, mora em Cascavel há algum tempo e a sua vinda de Santa Catarina para o Oeste do Paraná se deu pela sua avó Maria, de 84 anos, que em 2011 foi diagnosticada com Alzheimer. Flávia relata que a doença da matriarca alterou toda a dinâmica familiar, uma vez que Dona Maria precisa de auxílio em várias atividades diárias. “Ela não pode cozinhar sozinha porque esquece as panelas no fogo e quando vai lavar roupa esfrega as mesmas peças várias vezes”. A idosa vence as barreiras do esquecimento através do cuidado de suas filhas, neta e bisneta. Flávia ressalta a importância da atenção com os idosos e repassa o belo exemplo recebido pela sua avó. “Na nossa família nos cuidamos dos idosos, minha avó cuidou da mãe dela e do meu avô e assim zelamos dela e passamos essa herança para as crianças”.
Amor compartilhado pelas redes
No mundo moderno é difícil quem nunca sentiu uma dorzinha e correu para a internet procurar o que poderia ser. Após muito vasculhar a rede você sai assustado acreditando que irá morrer em sete dias, porque os seus sintomas se parecem com doenças terríveis que o “Dr. Google” diagnosticou. Para que as pessoas não encontrassem apenas relatos sombrios e pouco motivadores sobre o Alzheimer, o Jornalista Fernando Aguzzoli, 22, resolveu criar no Facebook a página: Vovó Nilva, que com muito humor, descontração e amor traz as principais histórias da sua avó que enfrentava diariamente o Alzheimer. Hoje a ferramenta tem aproximadamente 65 mil curtidas e serve como instrumento de interação e ajuda entre os familiares de idosos com a doença.O Jornalista conta que um dos objetivos da página foi criar o seu próprio conteúdo sobre a doença na internet para aproximar os familiares que tem a mesma realidade. “Material pra te deixar com medo tem muito, mas conteúdo pra reforçar teus laços com o idoso portador da doença é muito raro. Precisamos justamente isso, lutar contra o abandono, mesmo enfrentando as dificuldades diárias de conviver com essa rotina”.
Ele conta que acreditava que a página faria muita diferença na vida de algumas pessoas, mas não fazia ideia que ela tomaria essas proporções. “Estou contente por estar, de alguma forma, fomentando esse debate e mostrando que o Brasil não está pronto, há muito que galgarmos para que possamos chegar tranquilos na nossa velhice”.
O gaúcho Fernando chamou à atenção do Brasil para a discussão do tema Alzheimer, após largar a faculdade de Filosofia em 2013 e a empresa recém-aberta para dedicar-se integralmente a sua avó Nilva Aguzzoli, que já era acometida pelos principais sintomas da doença. Com bom humor e paciência o jornalista deixou de ser o netinho da vó Nilva e assumiu a posição de Pai da própria avó. “Foi uma decisão complicada, mas foi o melhor caminho, tenho certeza. Quando um jovem decide ser pai de sua avó é uma batalha contra a velhice, acabamos vivendo todas as dificuldades de ser um idoso - com um obstáculo no caso dela - no Brasil.
Vovó Nilva deixou esse mundo no final de 2013, mas o seu legado ficou registrado no livro Quem, eu?. A obra relata um pouco da sua história e a relação com o Alzheimer, além de orientações de médicos, terapeutas e psicólogos e os diálogos afetuosos do neto com a sua avó.
O que é a doença?
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que causa a morte das células cerebrais, atinge principalmente as pessoas idosas e acarretando a perda das funções cognitivas (memória, orientação, linguagem e atenção). Porém se a doença for diagnosticada no início é possível retardar e dar melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares.
Sintomas
Os sintomas sempre são muito parecidos em todos os casos. Esquecimentos frequentes, lapsos de memória, repetição de atividades e em alguns casos de perguntas. Todos esses detalhes devem ser observados pelos familiares, no caso da Vovó Nilva as investigações começaram após ela apresentar uma confusão diária aos tomar os remédios para hipertensão. “Ela esquecia uns dias e nos outros tomava duas ou até três vezes, gerando náuseas e indisposição”, relata o jornalista.
Histórias que estão na Vovó Nilva
Um dia a vó acordou e saiu do quarto procurando alguma coisa, extremamente intrigada com o sumiço. Eu tava sentado na sala e fiquei quietinho, só olhando. Daqui a pouco...:
Eu: O que tu tá procurando vozinha?
Vó: O cachorrinho sumiu!
Eu: Nós não temos um cachorrinho, talvez seja por isso.
Vó: Não, aquele que eu trouxe!
Eu: De onde? Narnia? A senhora ACABOU de acordar.
Vó: Mas eu trouxe aquele cachorrinho lembra?
Eu: Não lembro, mas se te faz feliz vamos procurar. ... 3 minutos procurando ...
Eu: Vó, creio que na gaveta ele não esteja, não precisa abrir todas...
Vó: Sei la onde meteram esse gato.
Eu: OI? DESCULPE, A SENHORA FALOU GATO?
Vó: É, o gatinho que eu trouxe.
Eu: ERA CACHORRO HÁ ALGUNS MINUTOS! Ele morfou? evoluiu?
Vó: Ele o que? Não, é meu gatinho.
Eu: Ai, esquece o gato, vou fazer teu café. ...10 minutos....
Vó: Sabe aquele cachorrinho que meu pai me deu?
Eu: Não era gato?
Vó: Ah pu** que pariu já nem sei mais.
E assim começávamos o dia! Entre na onda, lembre-se que pra eles é realidade!
Projeto Outra Pauta - Jornal Gazeta do Paraná
-Ai meu Deus, onde que eu estou?
-Estamos no Jornal vó, na Gazeta
-Ah, tá. Mas cadê o meu anel?
-Que anel vó?
-Aquele de ouro que eu tinha
-Ah está lá dentro guardado.
-Ah, ta bom então.
Essa aí em cima é a minha vó, Maria Aparecida Cardoso ou Vó Cida para os mais próximos, no auge das suas 83 primaveras bem vividas, a nossa octogenária apresenta os primeiros sintomas do Mal de Alzheimer. Em curtos períodos de tempo as perguntas se repetem várias vezes, as lembranças de acontecimentos passados são recorrentes – o anel de ouro ela tinha há pelo menos 40 anos e ainda é lembrado (ah, esse anel deu o que falar), assim como outros objetos que faziam parte de sua rotina- nomes são trocados, familiares são esquecidos e logo depois relembrados. – Ricardo, cadê o meu anel?
Em todo o mundo a doença atinge aproximadamente 35,6 milhões de pessoas e no Brasil 1,2 milhão. Quem não possui muitas informações sobre a doença acredita que os idosos que começam a apresentar os primeiros sintomas estão “caducando”, “-são sintomas da idade” e o mais pejorativo “ah ele está meio esclerosado”. – Onde que eu estou, Ricardo?
Há uns 10 anos vi uma propaganda sobre o filme que passaria no sábado, “Maria, filha do seu filho”, demorei a entender a sacada do autor, mas após muito “matutar” entendi a lógica, e hoje trouxe para essa matéria, mostrando um pouco dessas Marias, Pedros, Nilvas e tantos outros idosos que acabam virando filhos de seus filhos e quem sabe de seus netos, porque pai ou mãe é quem cuida.
A estudante de Direito, Flávia Sampaio, 34, mora em Cascavel há algum tempo e a sua vinda de Santa Catarina para o Oeste do Paraná se deu pela sua avó Maria, de 84 anos, que em 2011 foi diagnosticada com Alzheimer. Flávia relata que a doença da matriarca alterou toda a dinâmica familiar, uma vez que Dona Maria precisa de auxílio em várias atividades diárias. “Ela não pode cozinhar sozinha porque esquece as panelas no fogo e quando vai lavar roupa esfrega as mesmas peças várias vezes”. A idosa vence as barreiras do esquecimento através do cuidado de suas filhas, neta e bisneta. Flávia ressalta a importância da atenção com os idosos e repassa o belo exemplo recebido pela sua avó. “Na nossa família nos cuidamos dos idosos, minha avó cuidou da mãe dela e do meu avô e assim zelamos dela e passamos essa herança para as crianças”.
Amor compartilhado pelas redes
No mundo moderno é difícil quem nunca sentiu uma dorzinha e correu para a internet procurar o que poderia ser. Após muito vasculhar a rede você sai assustado acreditando que irá morrer em sete dias, porque os seus sintomas se parecem com doenças terríveis que o “Dr. Google” diagnosticou. Para que as pessoas não encontrassem apenas relatos sombrios e pouco motivadores sobre o Alzheimer, o Jornalista Fernando Aguzzoli, 22, resolveu criar no Facebook a página: Vovó Nilva, que com muito humor, descontração e amor traz as principais histórias da sua avó que enfrentava diariamente o Alzheimer. Hoje a ferramenta tem aproximadamente 65 mil curtidas e serve como instrumento de interação e ajuda entre os familiares de idosos com a doença.O Jornalista conta que um dos objetivos da página foi criar o seu próprio conteúdo sobre a doença na internet para aproximar os familiares que tem a mesma realidade. “Material pra te deixar com medo tem muito, mas conteúdo pra reforçar teus laços com o idoso portador da doença é muito raro. Precisamos justamente isso, lutar contra o abandono, mesmo enfrentando as dificuldades diárias de conviver com essa rotina”.
Ele conta que acreditava que a página faria muita diferença na vida de algumas pessoas, mas não fazia ideia que ela tomaria essas proporções. “Estou contente por estar, de alguma forma, fomentando esse debate e mostrando que o Brasil não está pronto, há muito que galgarmos para que possamos chegar tranquilos na nossa velhice”.
O gaúcho Fernando chamou à atenção do Brasil para a discussão do tema Alzheimer, após largar a faculdade de Filosofia em 2013 e a empresa recém-aberta para dedicar-se integralmente a sua avó Nilva Aguzzoli, que já era acometida pelos principais sintomas da doença. Com bom humor e paciência o jornalista deixou de ser o netinho da vó Nilva e assumiu a posição de Pai da própria avó. “Foi uma decisão complicada, mas foi o melhor caminho, tenho certeza. Quando um jovem decide ser pai de sua avó é uma batalha contra a velhice, acabamos vivendo todas as dificuldades de ser um idoso - com um obstáculo no caso dela - no Brasil.
Vovó Nilva deixou esse mundo no final de 2013, mas o seu legado ficou registrado no livro Quem, eu?. A obra relata um pouco da sua história e a relação com o Alzheimer, além de orientações de médicos, terapeutas e psicólogos e os diálogos afetuosos do neto com a sua avó.
O que é a doença?
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que causa a morte das células cerebrais, atinge principalmente as pessoas idosas e acarretando a perda das funções cognitivas (memória, orientação, linguagem e atenção). Porém se a doença for diagnosticada no início é possível retardar e dar melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares.
Sintomas
Os sintomas sempre são muito parecidos em todos os casos. Esquecimentos frequentes, lapsos de memória, repetição de atividades e em alguns casos de perguntas. Todos esses detalhes devem ser observados pelos familiares, no caso da Vovó Nilva as investigações começaram após ela apresentar uma confusão diária aos tomar os remédios para hipertensão. “Ela esquecia uns dias e nos outros tomava duas ou até três vezes, gerando náuseas e indisposição”, relata o jornalista.
Histórias que estão na Vovó Nilva
Um dia a vó acordou e saiu do quarto procurando alguma coisa, extremamente intrigada com o sumiço. Eu tava sentado na sala e fiquei quietinho, só olhando. Daqui a pouco...:
Eu: O que tu tá procurando vozinha?
Vó: O cachorrinho sumiu!
Eu: Nós não temos um cachorrinho, talvez seja por isso.
Vó: Não, aquele que eu trouxe!
Eu: De onde? Narnia? A senhora ACABOU de acordar.
Vó: Mas eu trouxe aquele cachorrinho lembra?
Eu: Não lembro, mas se te faz feliz vamos procurar. ... 3 minutos procurando ...
Eu: Vó, creio que na gaveta ele não esteja, não precisa abrir todas...
Vó: Sei la onde meteram esse gato.
Eu: OI? DESCULPE, A SENHORA FALOU GATO?
Vó: É, o gatinho que eu trouxe.
Eu: ERA CACHORRO HÁ ALGUNS MINUTOS! Ele morfou? evoluiu?
Vó: Ele o que? Não, é meu gatinho.
Eu: Ai, esquece o gato, vou fazer teu café. ...10 minutos....
Vó: Sabe aquele cachorrinho que meu pai me deu?
Eu: Não era gato?
Vó: Ah pu** que pariu já nem sei mais.
E assim começávamos o dia! Entre na onda, lembre-se que pra eles é realidade!
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Fernando com a Vovó Nilva |
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Dona Maria e Flávia |
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Texto de Ricardo Oliveira |
Somos lindos e aplicados estudantes de Jornalismo, que buscam a realização profissional. Temos em mente que ganharemos pouco e trabalharemos muito, mas o amor pela profissão sempre falará mais alto.
Deus digita certo por teclados tortos - Maximiliane Veiga
A
tecnologia se tornou “um bom pastor” no quesito aproximar, ainda
mais, as ovelhas do rebanho.
Projeto Outra Pauta - Jornal Gazeta do Paraná
Acordar cedo no sábado de manhã, brigar com a preguiça – “que é pecado, menina!” – se esforçar para levantar, e não faltar mais que três vezes no ano para não reprovar. Colocar o “Crescer em Comunhão” de capa colorida de baixo do braço, rever os colegas da escola e ouvir a tia falar de Jesus e do Espírito Santo. Se você foi criado dentro da doutrina Católica sabe do que eu estou falando. A sua história pode até ser um pouco diferente da minha, mas se você recebeu os três primeiros Sacramentos Católicos – Batismo, Crisma e Eucaristia – precisou passar pela catequese. O objetivo do catecismo é ensinar sobre a religião cristã, seus princípios e seus códigos morais, sendo baseado nas Escrituras da Bíblia. Ir para a catequese, quem nunca? Bom, se você disse “Eu nunca”, calma ai que a igreja tem a solução.
Acordar cedo no sábado de manhã, brigar com a preguiça – “que é pecado, menina!” – se esforçar para levantar, e não faltar mais que três vezes no ano para não reprovar. Colocar o “Crescer em Comunhão” de capa colorida de baixo do braço, rever os colegas da escola e ouvir a tia falar de Jesus e do Espírito Santo. Se você foi criado dentro da doutrina Católica sabe do que eu estou falando. A sua história pode até ser um pouco diferente da minha, mas se você recebeu os três primeiros Sacramentos Católicos – Batismo, Crisma e Eucaristia – precisou passar pela catequese. O objetivo do catecismo é ensinar sobre a religião cristã, seus princípios e seus códigos morais, sendo baseado nas Escrituras da Bíblia. Ir para a catequese, quem nunca? Bom, se você disse “Eu nunca”, calma ai que a igreja tem a solução.
Se você tornou-se
Católico depois de “gente grande”, está estudando, trabalha ou
dá aulas em uma faculdade e não tem tempo de fazer a catequese
presencial, agora, graças a tecnologia você poderá receber os
Sacramentos depois de fazer a Catequese Online. A Arquidiocese de
Cascavel oferta à comunidade um curso ao estilo “ensino a
distância para cristãos”. A ideia veio das irmãs da Pastoral
Universitária, juntamente do Arcebispo de Cascavel, Dom Mauro
Aparecido dos Santos, em 2008.
“A Catequese Online
nasceu de uma necessidade, pois sabemos das dificuldades dos
acadêmicos, professores e funcionários em ter tempo disponível
para realizar a catequese. Foi algo que a irmã Lourdes Zanini e o
Dom Mauro perceberam e resolveram criar”, explica a irmã Anelise
Bettio, da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina, responsáveis
pela Pastoral Universitária.
O curso acontece como
um ensino a distância, depois de responder um questionário e se
cadastrar, os alunos tem acesso a um portal onde é disponibilizado
todo o conteúdo referente à catequese. O catequizando estuda as
lições, responde as perguntas e envia para o catequista que serve
como um tutor no EAD Cristão. Se o aluno concluir as cinco etapas já
pode agendar, com a Pastoral Universitária, a data da celebração
dos Sacramentos. No primeiro ano seis universitários concluíram o
curso e atualmente a Catequese Online atende 23 catequizandos.
A tecnologia – usada
da maneira certa – é realmente coisa de Deus. Com o seu avanço
tudo ficou mais acessível e até a igreja se adequou. “Avança
para águas mais profundas”, disse Jesus e foi isso mesmo que a
igreja fez, entrou na onda da internet e está usando a ferramenta a
seu favor, aumentando e cativando as ovelhas do rebanho. O Papa
Emérito Bento XVI criou um Twitter para se relacionar com fiéis do
mundo todo, padres e pastores criaram contas no Facebook para
espalhar as suas palavras de fé, as igrejas criaram sites para
compartilhar informações com os fiéis, até as missas e cultos
deram adeus aos folhetinhos e agora, em grande parte das igrejas,
toda a celebração é apresentada em data show. Se você foi viajar
e esqueceu-se de pagar o dízimo, não tem problema, você pode
acertar seu débito através de transições de e-banking, e
se não puder participar do culto da semana é só ligar o
computador, tem igrejas que gravam o encontro na sede e compartilham
via satélite com todas as outras filiais. Mas lembrando que não são
todas as religiões que aderem esses meios tecnológicos.
A doutrina Metodista é
uma das mais antigas e tradicionais igrejas do mundo. A igreja
Metodista Espaço Vida, que está há 47 anos em Cascavel, também
utiliza a internet para divulgar a palavra de Deus e os ensinamentos
que a doutrina prega. Na plataforma online são divulgados os eventos
que a igreja organiza ou participa, disponibilizam informações,
fotos e testemunhos. Também se tem a oportunidade de assistir o
culto ao vivo, através de vídeos, e pedir orações. O Informe
Metodista é um produto audiovisual criado pela igreja para divulgar
as informações, avisos e a programação, e divulgar no Facebook,
além de apresentar aos fiéis antes e depois do culto. São os
próprios adeptos da doutrina que produzem os vídeos.
“A tecnologia ajuda
muito a igreja, pois além de fazê-la crescer, aproxima o fiel e os
mantém unidos”, explica Paulo Alexandre de Oliveira, Coordenador
do Ministério da Comunicação da Igreja Metodista Espaço Vida.
“Mesmo que o fiel esteja viajando, ele não vai perder o culto
daquela semana, por que pode vê-lo pela internet”, acrescenta.
Os jovens sempre são
os mais envolvidos com o mundo tecnológico, e a galera da Rede Jovem
Metodista de Cascavel não fica fora dessa estatística. Eles possuem
uma fanpage no Facebook, com mais de mil curtidas, onde
postam vídeos e fotos dos eventos que participam, espalhando a
palavra de Deus pela rede.
“Mais de 90% dos
fiéis tem e-mail e Facebook, isso facilita muito. É uma forma da
igreja estar perto de quem está longe. É uma ferramenta que aos
poucos vamos aprendendo a usar a nosso favor”.
A Doutrina Espírita
também aderiu a tecnologia, o site da Federação Espírita do
Paraná disponibiliza, aos curiosos e amantes do espiritismo, a
biblioteca virtual, uma plataforma com diversos livros, nacionais e
internacionais, sobre o tema. Outra ideia criativa é o “Correio
Fraterno”, através dele você pode enviar cartões virtuais com
mensagens de otimismo, ou do evangelho do espiritismo, aos seus
familiares e amigos. A Federação tem sede em Curitiba.
O Centro Espírita
Irmãos de Boa Vontade, aqui de Cascavel é vinculado à 10ª URE –
União Regional Espírita, “braço direito” da Federação
Espírita do Paraná. No Centro, a tecnologia também está presente
nos encontros, além da utilização do e-mail para contato com os
fiéis, nas apresentações são utilizados computadores e
retroprojetores. No Facebook são disponibilizadas fotos, vídeos,
mensagens e orações às 201 pessoas que curtem a página. As
principais formas de divulgação da doutrina são sites, redes
sociais, TV e rádio. “Falando de uma doutrina que prega a evolução
do ser através dos tempos, é para ela natural permear todos os
meios tecnológicos a disposição para levar sua mensagem aos
corações com maior facilidade e abrangência, nada de
conservadorismo ou de estranho”, explica o dirigente do Centro
Espírita, José Eduardo Caminha, que há 24 anos participa da
doutrina Espírita.
Deus não criou a
tecnologia no 8° dia, ele resolveu esperar um pouco mais. Mas quando
finalmente decidiu dar de presente à humanidade algo que facilitaria
as suas vidas ele não pensou duas vezes. Na era da agilidade, da
pressa, da facilidade, da comunicação em massa, não poderia ser
melhor. Agora, nesta nova fase, Deus digita certo por teclados
tortos.
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Texto de Maximiliane Veiga |
Somos lindos e aplicados estudantes de Jornalismo, que buscam a realização profissional. Temos em mente que ganharemos pouco e trabalharemos muito, mas o amor pela profissão sempre falará mais alto.
Cosplays: Dando vida ao “faz de conta” - Maximiliane Veiga
Eles
não se contentam em ser somente fãs, é preciso tomar forma e se
tornar os ídolos no mundo real
Projeto Outra Pauta - Jornal Gazeta do Paraná
Posters,
camisetas, bandanas, CDs, DVDs e todas essas coisas de fãs não são
suficientes para eles. É preciso ter na pele, vestir, sentir, se
tornar o personagem que admiram. Fazer cosplay
não é fácil, mas quando se trata de amor pelos ídolos ou animes
vale tudo para se sentir dentro do mundo deles. Mas se você achou
essa palavra um pouco estranha, lá vai a definição: Cosplays
são pessoas que se fantasiam como seus ídolos preferidos, sejam
eles existentes ou não. A grande maioria dos cosplays
são
de animes japoneses, mas também há quem faça com personagens de
séries, jogos, filmes e quadrinhos.
Ela
já perdeu as contas de quantas vezes pintou o cabelo, pois já faz
isso desde os cinco anos de idade. Rosto de boneca, voz delicada,
roupas diferentes, estilo próprio. A cascavelense Marília Esposte,
é mais uma jovem vidrada em cosplay
e desde os13 anos se veste como animes japoneses. A primeira
personagem de Marília foi Sekai, do desenho School
Days,
em um evento que aconteceu em comemoração aos 100 anos da imigração
japonesa, no shopping JL.
“Sempre
gostei muito de animes, e sempre quis parecer um, então quando vi a
oportunidade de fazer um cosplay,
não pensei duas vezes. É como se você fugisse da realidade e
entrasse em um mundo de faz de conta”, ressalta a jovem fã do
desenho Full
Metal Alchemist.
Marília também possui uma conta no YouTube
onde posta vídeos com comentários e dicas sobre os animes que
assiste. “Certo dia assisti um anime muito polêmico (Black
Rock Shooter)
e decidi postar uma resenha sobre ele, e isso foi tão divertido que
no ano seguinte comecei a investir nos vídeos e o canal começou a
dar certo”, conta Marília, ou “Maahgia”, sobre o canal que já
tem 161
inscritos e 18.373
visualizações.
Mas
para ficar parecida com os desenhos também é preciso desembolsar.
Marília conta que para não gastar muito buscou outra opção.
“Quando comecei a investir nos cosplays
entrei num curso de corte e costura para poder confeccionar minhas
próprias roupas e assim economizar com costureira. Também nunca
investi muito em perucas, prefiro usar o meu próprio cabelo e os
acessórios sempre dou um jeitinho de fazer”, conta a jovem que
gasta em média, 60 reais por cosplay.
“Mas já cheguei a gastar uns 300,00”, confessa.
Laila
Muller, de 21 anos, mora em Cascavel e assim como Marília, tem o
cabelo colorido. Ela é fã do desenho Chobits
e também já gastou por volta de 300 reais com roupas de animes.
“Antes de fazer cosplay
eu
nunca tinha visto ninguém fazendo, a não ser pela internet”,
conta Laila que já se vestiu de Konan, do Anime Naruto, Strength, do
Black
Rock Shooter,
Juvia, do desenho Fairy
Tail,
e Koneko Toujou, do Anime High
School DxD.
Quem
curte anime, também curte encontros de animes e para quem pensa que
convenções só são realizadas em grandes cidades, se engana. Em
Cascavel, o Harucon acontece anualmente e reúne os cosplays
de toda a região. Neste evento, as pessoas aproveitam para
“encarnar” seus personagens favoritos, debater sobre séries e
animes, além de trocar ideias sobre jogos. “O Harucon tem como
objetivo difundir a cultura Oriental e reúne uma série de atrações,
como Batalha Campal, sala de K-Pop, entre outros”, conta Laila.
“Participo
sempre que possível, já participei do Harucon, com o grupo
Genshiken, por quatro anos, três como espectadora e um ano como
organizadora. Já participei também do Anigion em Cascavel, do
AnimeRio, no Rio de Janeiro e do Anime Citty Tattoo, também no Rio”,
explica Marília, que conheceu o namorado em um desses encontros.
“Eventos de anime são super legais, você sempre conhece gente
nova, encontra aquele personagem que mudou sua infância. É
divertido sair do mundo real por um dia, vale muito a pena conhecer.
No
Harucon os “animes reais” também disputam quem tem a melhor
fantasia ou a mais parecida com os personagens e concorrem a prêmios.
“Quando fiz meus primeiros cosplays
meu objetivo era apenas a diversão, aí começaram a surgir os
concursos, então usava um cosplay
nos eventos para me divertir, e um segundo para a competição. Eu já
ganhei vários prêmios e meu último concurso me rendeu um Nintendo
Wii”, Marília conta orgulhosa.
A
paixão dos seres “reais” pelos animes vai além da pele, está
no coração. “Acho que o mundo já é muito cheio de coisas ruins,
e é bom de vez em quando escapar da realidade. Os animes me ajudam
nisso, a sonhar com um mundo encantado”, ressalta Marília. “Os
animes nos ensinam lições de vida”, completa Laila.
BOX:
Apesar
de parecer que foi criado no Japão, o Cosplay teve início nos
Estados Unidos. Em 1939, na primeira edição do World
Science Fiction Convention,
um concurso de ficção científica, Forrest
J. Ackerman,
e sua amiga Myrtle R. Douglas compareceram ao evento fantasiados. Ele
usava um traje de piloto espacial, o qual chamou de "futuricostume",
e Myrtle estava caracterizada com um vestido inspirado no filme
"Things
to Come".
Esse foi o pontapé inicial do Costuming
– futuro Cosplay - na América. Em 1984, Nobuyuki Takahashi
visitou a Worldcon
e ficou tão impressionado que publicou sobre isso em revistas
japonesas de ficção científica. Criou um novo termo para definir o
que havia presenciado: Cosplay.
Alguns anos depois já foram criadas convenções japonesas, com
dezenas de fãs fantasiados de personagens de animes e mangás, o que
virou uma febre no Japão e fez surgir diversas lojas especializadas
no hobby, criando a indústria Cosplay.
A
diferença:
No Japão o cosplay caracteriza-se como um personagem que já existe,
mesmo que a origem não seja de anime ou mangá, já nos Estados
Unidos os cosplayers criam suas próprias fantasias e competem em
convenções de fãs. Eles aceitam e incentivam fantasias originais.
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Texto de Maximiliane Veiga |
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quarta-feira, 14 de maio de 2014
1964: 50 anos de um golpe contra a Democracia - parte 1 - Renan e Heloísa
“Aqueles que não amam a Revolução, pelo menos devem temê-la!”
Comparando o Regime ao divino, a frase é pronunciada pelo general Guedes, um dos primeiros líderes do golpe de 1964 e resume de maneira exímia a morte da Democracia durante a Ditadura Militar
Em 2014, o golpe que instaurou a Ditadura Militar no Brasil completou 50 anos. No entanto,apesar de ser parte da recente história brasileira, pouco ainda se sabe sobre o período. Milhares de pessoas foram presas, torturadas e tiveram suas vidas ceifadas inescrupulosamente. E quais são os danos que o Regime trouxe à sociedade? Talvez nunca sejam identificados por completo. Estes vão além dos corpos que foram mutilados e estão desaparecidos até hoje. Para aqueles que vivenciaram a época, além dos inocentes, morreram democracia, liberdade de expressão e visão crítica da população brasileira.
A Ditadura Militar não se findou em 1985. Ela permanece viva até hoje na memória daqueles que lutaram por uma sociedade igualitária.
Para Alberto Fávero, ex-militante da cidade de Nova Aurora, a mesma geração que derramou seu sangue pela pátria viu as novas gerações crescerem sem um ideal, sem criticidade e sem conhecer o real sentido de democracia. As
consequências do período aplicam-se em todo o território nacional, e não só nos grandes centros como acredita a maior parte da população brasileira.
A partir desses fatos, observando a infinidade de informações e diferentes perspectivas, concordamos que é inviável abordar o tema em apenas uma edição do Unifatos. Nessa perspectiva, nós faremos uma série com duas reportagens interpretativas com o objetivo de mostrar parte do que aconteceu nos anos de chumbo não apenas nos grandes centros, mas também em cidades interioranas, inclusive nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.
A ideia de produção desta pauta surgiu após a nossa participação na Audiência Pública da Comissão Estadual da Verdade, realizada nos dias 20 e 21 de março na Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), no Campus de Cascavel. Nela, foram ouvidos relatos de ex-militantes, de familiares e de vítimas que, na época, nem sabiam o motivo de estarem sendo torturadas.
A Comissão da Verdade do estado do Paraná foi criada pela lei 1730062, em 27 de novembro de 2012. Ela tem por finalidade apurar graves violações dos direitos humanos, ocorridos nos anos de chumbo. É uma forma de dar voz a quem precisa falar sobre as opressões que passaram e ao mesmo tempo, dar oportunidade aos demais de ouvir, conhecer e se informar em relação a essa parte da história brasileira.
De acordo com a advogada, integrante do Comitê de Refugiados do Paraná e também membro da Comissão Estadual da Verdade Ivete Caribé Rocha, o evento é um dos mais importantes do estado do Paraná, pela militância e pelo grau de envolvimento da estrutura de repressão aqui no Oeste do Paraná. “Nossa função principal é fazer o levantamento dessas graves violações, transformá-las num relatório final, e trazer isso para a sociedade, porque a maioria, mesmo as pessoas que viveram naquela época, não tem conhecimento da profundidade do que ocorreu”, afirma Ivete.
Após o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, a nação vivenciou um período de instabilidade política, que foi fortemente questionado e pressionado pela oposição e as Forças Armadas. Descontentes com a situação, políticos e militares ameaçavam se rebelar e tomar o poder a qualquer hora.
Após a renúncia do presidente Jânio Quadros, quem assumiu foi seu vice-presidente Jango, que na época representava a esquerda brasileira. A sucessão não foi bem vista pelos militares, pelas classes dominantes e pelos EUA. Para assumir a presidência, João Goulart teve que aceitar o regime parlamentarista.
Com o apoio das classes mais abastadas da sociedade, Jango apresentou ao Congresso projetos em que defendia a extensão do voto a analfabetos, a reforma agrária e pretendia ampliar a intervenção do Estado na economia.
Temendo a possibilidade de comunismo, e com total apoio norte-americano, em 31 de março de 1964, os militares instauraram o Regime que se estendeu no país por um período de 21 anos. O primeiro militar a assumir o poder durante a Ditadura foi o general Humberto Castello Branco, que ficou na presidência até 1967. Foram cortadas as relações diplomáticas com Cuba e os EUA passaram a apoiar o governo brasileiro, inclusive economicamente.
Em seu governo, Branco também extinguiu os partidos políticos e impôs eleições indiretas para presidente. Durante o mandato do presidente Costa e Silva, o povo ficou descontente com os efeitos negativos da Ditadura Militar e tomou conta das ruas. Sem controle sobre as manifestações, o general decretou o AI-5 (ato que suspendia liberdades democráticas e direitos constitucionais, permitindo que a polícia efetuasse investigações, perseguições e prisões de cidadãos sem necessidade de mandado judicial).
Por motivos de saúde, o presidente Costa e Silva se afastou e o general Emílio Garrastazu Médici assumiu a presidência. Os cinco anos de governo de Médici foram marcados pelo "milagre econômico" e também pelo período de maior repressão política da história. Dentre as mídias (redações de jornal impresso, rádio e TV), algumas redações receberam equipes de censores que ficavam ali apenas para julgar o que poderia ou não ser publicado, outros veículos eram obrigados a enviar antecipadamente o que pretendiam publicar para a Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal.
De acordo com a historiadora, especialista e professora da Univel, Janelucy Penharvel, em termos gerais culturais, a Ditadura Militar foi um período de “Castração da Cultura Brasileira”. Para ela, apesar de uma época de pequenas melhorias econômicas, nada pode ser considerado positivo no Regime, já que nós brasileiros pagamos muito caro por isso.
Quem compartilha dessa opinião é o ex-Procurador Geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto. Para ele, nada pode ser positivo em um momento em que não se vivenciam o Estado de direito democrático. “Esse falso progresso, que se traduziu em concentração de riquezas nas mãos de poucas pessoas, todos esses pseudo-avanços, na verdade desaparecem para os interesses de uma sociedade democrática quando há violações permanentes dos direitos humanos”, afirma.
A repressão, a tortura, a violência e a ausência de liberdades civis e públicas tornaram a manutenção da Ditadura Militar insustentável. Em 1974, o general Geisel assumiu a presidência do país e prometeu dar início à redemocratização do país de forma lenta, gradual e segura.
O governo do general João Baptista de Oliveira Figueiredo deu continuidade ao processo de abertura política. Ao longo de seu mandato, a Ditadura perdeu legitimidade social e sofreu desgaste político. No entanto, por meio de atos terroristas, setores das Forças Armadas tentaram barrar o processo de redemocratização a fim de desestabilizar o governo e amedrontar a sociedade.
A Lei de Anistia, que resgatava a cidadania de cassados, clandestinos e exilados políticos, foi sancionada e cerca de 4.600 pessoas se beneficiaram. Após a lei, ocorreu no Brasil uma da série de manifestações populares que pediam eleições diretas para presidente da república. Diversos artistas aderiram à campanha, no entanto, a proposta foi derrotada no Congresso e as eleições para presidente de 1985 foram indiretas.
Com a derrota da emenda por eleições diretas, Tancredo Neves surgiu como nome forte à sucessão presidencial. Tancredo recebeu a maioria dos votos no Congresso e venceu o concorrente, Paulo Maluf. Na véspera da posse, Tancredo foi internado às pressas. No dia 15 de março, quem assumiu a presidência foi o vice, José Sarney, efetivado no cargo após a morte do titular.
Heranças
De acordo com a historiadora, especialista e professora da Univel, Janelucy Penharvel, a pior herança deixada pela Ditadura Militar foi a questão política. “Logo após o período de ditadura
Varguista, o povo estava aprendendo a votar, e aí a Ditadura Militar veio e acabou com a participação política do povo na escolha de seus governantes”, afirma.
Para a professora, outro aspecto negativo se reflete hoje na educação. “A educação brasileira se tornou tecnicista. O ensino de história, filosofia e sociologia, tornaram-se extremamente positivistas e nós perdemos a identidade de educação cultural e política, refletindo em um atraso social e econômico”, relata.
Segundo o ex-Procurador Geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, a pior herança é o fato de a violação dos direitos humanos ser tida como uma coisa normal. “O raciocínio de que os fins justificam os meios e daqui a pouco as
pessoas terem dúvidas se é possível, por exemplo, torturar alguém para confessar um crime é um absurdo”, afirma.
Olympio destaca também que foi exatamente no período da Ditadura Militar que o falso discurso do desenvolvimento determinou a maior concentração de riquezas nas mãos de poucas pessoas. “Com discursos dos ‘Delfins Neto’ da vida, no sentido de que primeiro é necessário fazer o bolo para depois dividi-lo, o Brasil se tornou campeão mundial das desigualdades sociais”, declara.
Comparando o Regime ao divino, a frase é pronunciada pelo general Guedes, um dos primeiros líderes do golpe de 1964 e resume de maneira exímia a morte da Democracia durante a Ditadura Militar
Em 2014, o golpe que instaurou a Ditadura Militar no Brasil completou 50 anos. No entanto,apesar de ser parte da recente história brasileira, pouco ainda se sabe sobre o período. Milhares de pessoas foram presas, torturadas e tiveram suas vidas ceifadas inescrupulosamente. E quais são os danos que o Regime trouxe à sociedade? Talvez nunca sejam identificados por completo. Estes vão além dos corpos que foram mutilados e estão desaparecidos até hoje. Para aqueles que vivenciaram a época, além dos inocentes, morreram democracia, liberdade de expressão e visão crítica da população brasileira.
A Ditadura Militar não se findou em 1985. Ela permanece viva até hoje na memória daqueles que lutaram por uma sociedade igualitária.
Para Alberto Fávero, ex-militante da cidade de Nova Aurora, a mesma geração que derramou seu sangue pela pátria viu as novas gerações crescerem sem um ideal, sem criticidade e sem conhecer o real sentido de democracia. As
consequências do período aplicam-se em todo o território nacional, e não só nos grandes centros como acredita a maior parte da população brasileira.
A partir desses fatos, observando a infinidade de informações e diferentes perspectivas, concordamos que é inviável abordar o tema em apenas uma edição do Unifatos. Nessa perspectiva, nós faremos uma série com duas reportagens interpretativas com o objetivo de mostrar parte do que aconteceu nos anos de chumbo não apenas nos grandes centros, mas também em cidades interioranas, inclusive nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.
A ideia de produção desta pauta surgiu após a nossa participação na Audiência Pública da Comissão Estadual da Verdade, realizada nos dias 20 e 21 de março na Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), no Campus de Cascavel. Nela, foram ouvidos relatos de ex-militantes, de familiares e de vítimas que, na época, nem sabiam o motivo de estarem sendo torturadas.
A Comissão da Verdade do estado do Paraná foi criada pela lei 1730062, em 27 de novembro de 2012. Ela tem por finalidade apurar graves violações dos direitos humanos, ocorridos nos anos de chumbo. É uma forma de dar voz a quem precisa falar sobre as opressões que passaram e ao mesmo tempo, dar oportunidade aos demais de ouvir, conhecer e se informar em relação a essa parte da história brasileira.
De acordo com a advogada, integrante do Comitê de Refugiados do Paraná e também membro da Comissão Estadual da Verdade Ivete Caribé Rocha, o evento é um dos mais importantes do estado do Paraná, pela militância e pelo grau de envolvimento da estrutura de repressão aqui no Oeste do Paraná. “Nossa função principal é fazer o levantamento dessas graves violações, transformá-las num relatório final, e trazer isso para a sociedade, porque a maioria, mesmo as pessoas que viveram naquela época, não tem conhecimento da profundidade do que ocorreu”, afirma Ivete.
Após o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, a nação vivenciou um período de instabilidade política, que foi fortemente questionado e pressionado pela oposição e as Forças Armadas. Descontentes com a situação, políticos e militares ameaçavam se rebelar e tomar o poder a qualquer hora.
Após a renúncia do presidente Jânio Quadros, quem assumiu foi seu vice-presidente Jango, que na época representava a esquerda brasileira. A sucessão não foi bem vista pelos militares, pelas classes dominantes e pelos EUA. Para assumir a presidência, João Goulart teve que aceitar o regime parlamentarista.
Com o apoio das classes mais abastadas da sociedade, Jango apresentou ao Congresso projetos em que defendia a extensão do voto a analfabetos, a reforma agrária e pretendia ampliar a intervenção do Estado na economia.
Temendo a possibilidade de comunismo, e com total apoio norte-americano, em 31 de março de 1964, os militares instauraram o Regime que se estendeu no país por um período de 21 anos. O primeiro militar a assumir o poder durante a Ditadura foi o general Humberto Castello Branco, que ficou na presidência até 1967. Foram cortadas as relações diplomáticas com Cuba e os EUA passaram a apoiar o governo brasileiro, inclusive economicamente.
Em seu governo, Branco também extinguiu os partidos políticos e impôs eleições indiretas para presidente. Durante o mandato do presidente Costa e Silva, o povo ficou descontente com os efeitos negativos da Ditadura Militar e tomou conta das ruas. Sem controle sobre as manifestações, o general decretou o AI-5 (ato que suspendia liberdades democráticas e direitos constitucionais, permitindo que a polícia efetuasse investigações, perseguições e prisões de cidadãos sem necessidade de mandado judicial).
Por motivos de saúde, o presidente Costa e Silva se afastou e o general Emílio Garrastazu Médici assumiu a presidência. Os cinco anos de governo de Médici foram marcados pelo "milagre econômico" e também pelo período de maior repressão política da história. Dentre as mídias (redações de jornal impresso, rádio e TV), algumas redações receberam equipes de censores que ficavam ali apenas para julgar o que poderia ou não ser publicado, outros veículos eram obrigados a enviar antecipadamente o que pretendiam publicar para a Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal.
De acordo com a historiadora, especialista e professora da Univel, Janelucy Penharvel, em termos gerais culturais, a Ditadura Militar foi um período de “Castração da Cultura Brasileira”. Para ela, apesar de uma época de pequenas melhorias econômicas, nada pode ser considerado positivo no Regime, já que nós brasileiros pagamos muito caro por isso.
Quem compartilha dessa opinião é o ex-Procurador Geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto. Para ele, nada pode ser positivo em um momento em que não se vivenciam o Estado de direito democrático. “Esse falso progresso, que se traduziu em concentração de riquezas nas mãos de poucas pessoas, todos esses pseudo-avanços, na verdade desaparecem para os interesses de uma sociedade democrática quando há violações permanentes dos direitos humanos”, afirma.
A repressão, a tortura, a violência e a ausência de liberdades civis e públicas tornaram a manutenção da Ditadura Militar insustentável. Em 1974, o general Geisel assumiu a presidência do país e prometeu dar início à redemocratização do país de forma lenta, gradual e segura.
O governo do general João Baptista de Oliveira Figueiredo deu continuidade ao processo de abertura política. Ao longo de seu mandato, a Ditadura perdeu legitimidade social e sofreu desgaste político. No entanto, por meio de atos terroristas, setores das Forças Armadas tentaram barrar o processo de redemocratização a fim de desestabilizar o governo e amedrontar a sociedade.
A Lei de Anistia, que resgatava a cidadania de cassados, clandestinos e exilados políticos, foi sancionada e cerca de 4.600 pessoas se beneficiaram. Após a lei, ocorreu no Brasil uma da série de manifestações populares que pediam eleições diretas para presidente da república. Diversos artistas aderiram à campanha, no entanto, a proposta foi derrotada no Congresso e as eleições para presidente de 1985 foram indiretas.
Com a derrota da emenda por eleições diretas, Tancredo Neves surgiu como nome forte à sucessão presidencial. Tancredo recebeu a maioria dos votos no Congresso e venceu o concorrente, Paulo Maluf. Na véspera da posse, Tancredo foi internado às pressas. No dia 15 de março, quem assumiu a presidência foi o vice, José Sarney, efetivado no cargo após a morte do titular.
Heranças
De acordo com a historiadora, especialista e professora da Univel, Janelucy Penharvel, a pior herança deixada pela Ditadura Militar foi a questão política. “Logo após o período de ditadura
Varguista, o povo estava aprendendo a votar, e aí a Ditadura Militar veio e acabou com a participação política do povo na escolha de seus governantes”, afirma.
Para a professora, outro aspecto negativo se reflete hoje na educação. “A educação brasileira se tornou tecnicista. O ensino de história, filosofia e sociologia, tornaram-se extremamente positivistas e nós perdemos a identidade de educação cultural e política, refletindo em um atraso social e econômico”, relata.
Segundo o ex-Procurador Geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, a pior herança é o fato de a violação dos direitos humanos ser tida como uma coisa normal. “O raciocínio de que os fins justificam os meios e daqui a pouco as
pessoas terem dúvidas se é possível, por exemplo, torturar alguém para confessar um crime é um absurdo”, afirma.
Olympio destaca também que foi exatamente no período da Ditadura Militar que o falso discurso do desenvolvimento determinou a maior concentração de riquezas nas mãos de poucas pessoas. “Com discursos dos ‘Delfins Neto’ da vida, no sentido de que primeiro é necessário fazer o bolo para depois dividi-lo, o Brasil se tornou campeão mundial das desigualdades sociais”, declara.
Somos lindos e aplicados estudantes de Jornalismo, que buscam a realização profissional. Temos em mente que ganharemos pouco e trabalharemos muito, mas o amor pela profissão sempre falará mais alto.
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